Biografia

João Pedro do Brasil
Por Pedro Tortola


João Pedro da Paz - Biografia


Aos 10 anos de idade, iniciou a trajetória política de João Pedro da Paz, no colégio Alfredo Marcondes Cabral o (Cabral), em Presidente Venceslau, escola estadual que sempre foi um reduto de militância estudantil. Não foi por acaso que João Pedro foi parar lá. Respirou política desde criança, sempre gostou de questões sociais, tanto que logo ao chegar na escola em 2010, desenvolveu um projeto voltado a limpeza da escola e a doação de roupas para a caridade. 


Em 2013 foi eleito por unanimidade representante da escola no Circuito Ayrton Sena, João Pedro, liderando um grande movimento em prol do protagonismo jovem, ainda no mesmo ano, recriou o projeto da “Rádio Atividade” à primeira escola à ter uma Rádio Comunitária.

No final de 2014, por fiscalizar a escola e denunciar irregularidades, foi afastado da rádio por perseguição política, na tentativa de calar sua voz. Mas foi um tiro no pé, João Pedro saiu com apoio dos estudantes, o que o levou à se candidatar à presidência do Grêmio Estudantil. 


Em março de 2015, João Pedro foi eleito com 398 votos (68%), contra o então adversário Murilo Brescansi. João Pedro iniciou uma oposição ferrenha à órgãos de direção e de luta pelos estudantes, como presidente retornou à Rádio, melhorou à merenda servida e o transporte público. Ao final de 2015, João Pedro tinha 92% e encerrou seu mandato com transparência e inovação para com estudantes, professores e funcionários, assim deixando a presidência com grande aprovação da comunidade escolar. Mas por conta de seu estilo combativo, sofreu outro golpe, e foi impedido de disputar a reeleição, que ganharia com facilidade. 


Assim em abril de 2016, foi eleita Ana Beatriz, mas muito jovem, e se experiência, deixou o Grêmio em total calamidade. Com isso, e reconhendo os erros do impedimento de João Pedro, o convidaram em Outubro de 2016, a assumir o cargo de Secretário de Relações Exteriores, para conseguir patrocínio e reequilibrar às contas. 


Ainda em outro de 2016, João Pedro  se lançou candidato à vereador pelo PHS, mas sofreu o primeiro golpe na política, e sua candidatura foi burlada pelo presidente do partido que desejava cargo na administração do prefeito, João Pedro sempre foi contra o cabide de emprego político. Sua pré-campanha contou com amplo apoio da juventude, da educação e da classe artística na “Primavera Venceslauense”. Apesar da traição João Pedro, não desistiu da política, um dia após às eleições se desfilou do PHS e ingressou no PSOL, onde permanece até os dias de hoje.

Em março de 2017, João Pedro é eleito presidente da União dos Estudantes Venceslauense – UNIVE, onde luta pelo passe livre para os estudantes e professores, trabalha para que a Educação, seja uma educação pública, transparente e de qualidade para todos, desde estudantes até professores e agentes de educação. 

Quando iniciou sua militância de fato, nos subúrbios venceslauense, oriundo da periferia, percebeu que o tamanho da desigualdade que sofre a população por conta do capitalismo. E hoje luta por aqueles grupos menos favorecidos que precisam que seus direitos sejam iguais.


Construir as mudanças que propomos não é uma tarefa fácil. Elas serão resultado de grandes lutas sociais, ou não acontecerão. Por isso não busco atalhos através de alianças oportunistas. Ao mesmo tempo em que não nos negamos a unidades pontuais em lutas concretas, não semeamos ilusões de que os políticos de sempre podem ser aliados para governar a favor do povo. Para que nosso programa possa se realizar é preciso outros Junhos como o de 2013, Junhos com uma direção combativa credenciada e reconhecida perante o povo.


Brincalhão e gentil, aprendeu a ser convincente sem forçar a barra. Ouve as pessoas em quem confia, mantém uma relação fraterna com seu grupo de trabalho, mas a decisão final vem sempre de seu olhar de lince sobre a política e a conjuntura. Aliado a isso carrega outra rara característica, vira a página das desavenças e não pessoaliza o debate politico. Utiliza sempre a expressão “não vamos fulanizar a disputa”. Por essa e outra razão consegue transitar entre os mais diversos seguimentos da sociedade com naturalidade.


João Pedro quer fazer “a grande política”. Para o estado de São Paulo e o Brasil quer “uma reforma política com participação popular”; defende a cassação popular de mandatos. Quer também mais autonomia para órgãos de fiscalização e combate à corrupção. Em Presidente Venceslau acredita na consolidação de um bloco hegemónico progressista para resgatar o compromisso com os mais pobres, as políticas sustentáveis a integridade na política. Parece muito, mas ele nem dimensiona. “Nós podemos mais”, é seu lema.


Ao definir a política como luta pedagógica, João Pedro da Paz revela sua opção pela transparência, diálogo e ação na sociedade. Não é à toa que a prática na militância por direitos humanos começou cedo. Aluno da E. E. Alfredo Marcondes Cabral em 2010, João Pedro viu um cartaz que oferecia vaga para um projeto para os deficientes auditivos. O rapaz de Venceslau, subúrbio da Sumaré ingressou de cabeça nas periferias para ensinar com base na educação popular de Paulo Freire. Logo percebeu que há um pouco de cada comunidade de Presidente Venceslau nestes espaços de privação de liberdade, e sua luta em busca da cidadania dos moradores de favelas se fez inevitável. Desse modo, a interlocução com o debate mais profundo sobre políticas públicas essenciais para a população e a ineficácia do Estado em garantir direitos se tornaram pautas prioritárias de sua ação.

João Pedro priorizou em seus mandatos a interlocução direta com os movimentos sociais, servidores públicos e juventude. O resultado dessa parceria consolidou-se, com a aprovação de projetos que tiveram efeito imediato na população, como a criação do Mecanismo e do Tais conquistas só foram viáveis pelo fato de terem sido pensadas, debatidas e organizadas com a participação ativa dos movimentos sociais, dos servidores e da juventude. Isso só é possível porque a política é uma luta pedagógica.


Segundo João Pedro, juntos vamos construir um outro tipo de cidade, que seja feita pela e para as pessoas. Pois nada deve parecer impossível de mudar