Biografia
João Pedro do Brasil
Por Pedro Tortola
Em março de 2017, João Pedro é eleito
presidente da União dos Estudantes Venceslauense – UNIVE, onde luta pelo
passe livre para os estudantes e professores, trabalha para que a
Educação, seja uma educação pública, transparente e de qualidade para
todos, desde estudantes até professores e agentes de educação.
Quando iniciou sua militância de fato, nos subúrbios venceslauense, oriundo da periferia, percebeu que o tamanho da desigualdade que sofre a população por conta do capitalismo. E hoje luta por aqueles grupos menos favorecidos que precisam que seus direitos sejam iguais.
João Pedro priorizou em seus mandatos a
interlocução direta com os movimentos sociais, servidores públicos e
juventude. O resultado dessa parceria consolidou-se, com a aprovação de
projetos que tiveram efeito imediato na população, como a criação do
Mecanismo e do Tais conquistas só foram viáveis pelo fato de terem sido
pensadas, debatidas e organizadas com a participação ativa dos
movimentos sociais, dos servidores e da juventude. Isso só é possÃvel
porque a polÃtica é uma luta pedagógica.
Por Pedro Tortola
Aos
10 anos de idade, iniciou a trajetória polÃtica de João Pedro da Paz,
no colégio Alfredo Marcondes Cabral o (Cabral), em Presidente Venceslau,
escola estadual que sempre foi um reduto de militância estudantil. Não
foi por acaso que João Pedro foi parar lá. Respirou polÃtica desde
criança, sempre gostou de questões sociais, tanto que logo ao chegar na
escola em 2010, desenvolveu um projeto voltado a limpeza da escola e a
doação de roupas para a caridade.
Em
2013 foi eleito por unanimidade representante da escola no Circuito
Ayrton Sena, João Pedro, liderando um grande movimento em prol do
protagonismo jovem, ainda no mesmo ano, recriou o projeto da “Rádio
Atividade” à primeira escola à ter uma Rádio Comunitária.
No
final de 2014, por fiscalizar a escola e denunciar irregularidades, foi
afastado da rádio por perseguição polÃtica, na tentativa de calar sua
voz. Mas foi um tiro no pé, João Pedro saiu com apoio dos estudantes, o
que o levou à se candidatar à presidência do Grêmio Estudantil.
Em
março de 2015, João Pedro foi eleito com 398 votos (68%), contra o
então adversário Murilo Brescansi. João Pedro iniciou uma oposição
ferrenha à órgãos de direção e de luta pelos estudantes, como presidente
retornou à Rádio, melhorou à merenda servida e o transporte público. Ao
final de 2015, João Pedro tinha 92% e encerrou seu mandato com
transparência e inovação para com estudantes, professores e
funcionários, assim deixando a presidência com grande aprovação da
comunidade escolar. Mas por conta de seu estilo combativo, sofreu outro golpe, e foi impedido de disputar a reeleição, que ganharia com facilidade.
Assim
em abril de 2016, foi eleita Ana Beatriz, mas muito jovem, e se
experiência, deixou o Grêmio em total calamidade. Com isso, e reconhendo
os erros do impedimento de João Pedro, o convidaram em Outubro de 2016,
a assumir o cargo de Secretário de Relações Exteriores, para conseguir
patrocÃnio e reequilibrar à s contas.
Ainda
em outro de 2016, João Pedro se lançou candidato à vereador pelo PHS,
mas sofreu o primeiro golpe na polÃtica, e sua candidatura foi burlada
pelo presidente do partido que desejava cargo na administração do
prefeito, João Pedro sempre foi contra o cabide de emprego polÃtico. Sua
pré-campanha contou com amplo apoio da juventude, da educação e da
classe artÃstica na “Primavera Venceslauense”. Apesar da traição João
Pedro, não desistiu da polÃtica, um dia após à s eleições se desfilou do
PHS e ingressou no PSOL, onde permanece até os dias de hoje.
Quando iniciou sua militância de fato, nos subúrbios venceslauense, oriundo da periferia, percebeu que o tamanho da desigualdade que sofre a população por conta do capitalismo. E hoje luta por aqueles grupos menos favorecidos que precisam que seus direitos sejam iguais.
Construir
as mudanças que propomos não é uma tarefa fácil. Elas serão resultado
de grandes lutas sociais, ou não acontecerão. Por isso não busco atalhos
através de alianças oportunistas. Ao mesmo tempo em que não nos negamos
a unidades pontuais em lutas concretas, não semeamos ilusões de que os
polÃticos de sempre podem ser aliados para governar a favor do povo.
Para que nosso programa possa se realizar é preciso outros Junhos como o
de 2013, Junhos com uma direção combativa credenciada e reconhecida
perante o povo.
Brincalhão
e gentil, aprendeu a ser convincente sem forçar a barra. Ouve as
pessoas em quem confia, mantém uma relação fraterna com seu grupo de
trabalho, mas a decisão final vem sempre de seu olhar de lince sobre a
polÃtica e a conjuntura. Aliado a isso carrega outra rara
caracterÃstica, vira a página das desavenças e não pessoaliza o debate
politico. Utiliza sempre a expressão “não vamos fulanizar a disputa”.
Por essa e outra razão consegue transitar entre os mais diversos
seguimentos da sociedade com naturalidade.
João
Pedro quer fazer “a grande polÃtica”. Para o estado de São Paulo e o
Brasil quer “uma reforma polÃtica com participação popular”; defende a
cassação popular de mandatos. Quer também mais autonomia para órgãos de
fiscalização e combate à corrupção. Em Presidente Venceslau acredita na
consolidação de um bloco hegemónico progressista para resgatar o
compromisso com os mais pobres, as polÃticas sustentáveis a integridade
na polÃtica. Parece muito, mas ele nem dimensiona. “Nós podemos mais”, é
seu lema.
Ao
definir a polÃtica como luta pedagógica, João Pedro da Paz revela sua
opção pela transparência, diálogo e ação na sociedade. Não é à toa que a
prática na militância por direitos humanos começou cedo. Aluno da E. E.
Alfredo Marcondes Cabral em 2010, João Pedro viu um cartaz que oferecia
vaga para um projeto para os deficientes auditivos. O rapaz de
Venceslau, subúrbio da Sumaré ingressou de cabeça nas periferias para
ensinar com base na educação popular de Paulo Freire. Logo percebeu que
há um pouco de cada comunidade de Presidente Venceslau nestes espaços de
privação de liberdade, e sua luta em busca da cidadania dos moradores
de favelas se fez inevitável. Desse modo, a interlocução com o debate
mais profundo sobre polÃticas públicas essenciais para a população e a
ineficácia do Estado em garantir direitos se tornaram pautas
prioritárias de sua ação.
Segundo
João Pedro, juntos vamos construir um outro tipo de cidade, que seja
feita pela e para as pessoas. Pois nada deve parecer impossÃvel de mudar