Tem que manter isso, viu Segovia?

Novo diretor da Polícia Federal Fernando Segovia toma posse ao lado do Presidente denunciado da República Michel Temer - Foto: Sérgio Lima/Poder360 - 20.nov.2017


Realmente, é mais do que estranho, é questionável  que o Presidente da República esteja presente na posse do diretor da Polícia Federal, que ainda mais está investigando o “quadrilãho” do PMDB. E é ainda mais suspeito que Eliseu Padilha esteja presente também, e o pior, sua indicação ao cargo teve pinceladas de José Sarney. Segovia mostrou um discurso alinhado com o Palácio do Planalto.


Mais do que isso, é estranho, sujo e suspeito que Fernando Segovia, declare em alto e bom tom, que a mala de Rodrigo Rocha Loures, com 500 mil reais, não seja prova suficiente, veja um trecho de sua declaração:

A gente acredita que, se fosse sob a égide da Polícia Federal, essa investigação teria de durar mais tempo, por que uma única mala talvez não desse toda a materialidade criminosa que a gente necessita para resolver se havia crime ou não, quem seriam os partícipes e se haveria ou não corrupção”.
Bem, não sei quantas malas seria suficientes, ou quanto Geddeis (nova moeda de 51 milhões de reais) seriam necessários para comprovar a culpa de corrupção.E também sei, que uma mala com 500 mil, oriundo de propinas, com gravações explícitas de seus objetos junto a JBS, filmada, rastreada e com digitais é mais do que prova material de corrupção

A lógica que fica estabelecida, não deixa parar dúvidas sobre a falta de idoneidade do trabalho que é convocado para “estancar a sangria”, e tudo indica que este “pacto nacional, com o supremo, com tudo” tem funcionado e muito bem. 

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Ao colocar planos quentes no evento que assombrou o País, pois afinal, foi a primeira vez que um Presidente da República foi diretamente envolvido em um escândalo de corrupção no exercício do mandato, e Fernando Segovia transmite a imagem de quem pode fazer parte do esquema de Romero Jucá de “estancar a sangria”. 

Segovia também criticou a Procuradoria-Geral da República em relação à denúncia apresentado pelo ex-procurador Rodrigo Janot contra Temer, para ele: “faltou tempo de investigação. 

Está mais do que claro de que os os sequestradores da democracia fazem de tudo para evitar as investigações dos crimes que pesam sobre eles. E estes não são poucos, o núcleo duro do PMDB, envolvido em tramas e mais conhecido como “quadrilhão do PMDB” está preso: Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima, Henrique Eduardo Alves e Lúcio Funaro, já o outro núcleo composto por: Moreira Franco, Eliseu Padilha, Michel Temer e Romero Jucá ainda não foram para a cadeia, por conta do santo foro privilegiado. Aliás, vale lembrar que o Governo manobrou para garantir foro para Moreira e evitar que o “Gato Angorá” caia em uma das celas de Curitiba.  

A sociedade brasileira espera e cobra combate severo à corrupção. Por meio dela, o poder econômico se apropria indevidamente da democracia. Neste contexto, as declarações acima, são um balde, ou melhor um caminhão de gelo na expectativa da população. 

O jornalista Bernardo Mello Franco analisou a situação: “O novo diretor da Polícia Federal alvejou a própria imagem. Ao repetir o discurso do governo, ele reforçou as suspeitas de que foi nomeado para “estancar a sangria” da Lava-Jato. O delegado só acertou ao dizer que há um vendaval de dúvidas sobre o futuro da polícia. Sua escolha ajudou a formar a tempestade”.


Devemos estar sempre atentos, pois aqueles que buscam estancar a sangria, são os mesmos golpistas que retiram os direitos da população. A democracia e a ética estão em jogo, e neste jogo o PMDB joga sujo e o trabalhador perde.

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